quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A música como metodologia de ensino e fonte histórica.

A música como metodologia de ensino e fonte de pesquisa histórica. 

THEODORO, Gabriel Martino 
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RESUMO 

Diante da grande dificuldade em que as escolas se encontram para atrair a atenção e o principal, um verdadeiro interesse no que é transmitido nas salas de aulas, se torna necessário e urgente uma atualização ou até mesmo uma revolução, analisando todos os aspectos do que formam os conceitos aprender, estudar, escola. Esse artigo, tem a função de analisar criticamente essas dificuldades e apresentar um novo meio para se chegar até aos alunos, algo que seja de grande aproveitamento acadêmico estudantil e que seja transmitido de forma que os alunos tenham pelo menos algum prazer no aprender. Tendo como base essa indagação como um fio condutor, “como atrair a atenção e despertar o interesse dos alunos para o estudo da história e assim criar um olhar histórico-crítico nos alunos?”. Fundamentado em pesquisadores que falam sobre esse assunto, em experiências práticas de docência na aplicação desse método, seguiremos com o objetivo de compreender os efeitos da música no ser humano, desde a infância; entender a música como fonte histórica e sua utilidade para analisar o passado/presente de forma crítica e apresentar um modelo de metodologia para a formação de alunos principalmente do ensino médio. Mostrando que a música como fonte de pesquisa histórica e como método de ensino e aprendizagem na área de história, é uma entre diversas propostas para solucionar e responder essa indagação.

Palavras-chave: Educação. Músicas. História. Fontes Históricas.

INTRODUÇÃO

  O tema pesquisado surgiu após nos depararmos com a dificuldade que os professores têm em ministrar aulas que desperte um interesse profundo nos alunos, de forma que haja interação e participação voluntária, sendo esse o grande desafio do professor, comecei a me atentar para o que realmente interessa os jovens hoje em dia, conversando com os alunos e interagindo bastante com eles percebi que dentre tantas coisas que atraem os jovens de hoje,  a música é de fato algo em comum que atrai quase todos os alunos. 



Metodologia 

Este artigo tem como metrologia e objetivo levantar informações e gerar novos conhecimentos teóricos para uma melhoria e desenvolvimento na metodologia de ensino na aula de história, principalmente para alunos do ensino médio, a fim de diminuir e solucionar o problema da falta de interesse no aprendizado e o bloqueio que se constrói normalmente ao se deparar com realidades tão distintas das de cada pessoa que entra em uma escola.
Com esse propósito, essa pesquisa será fundamentada primeiramente no que se chama de dados primários e indiretos, que são aqueles obtidos por meio de pesquisa de campo. Através de uma pesquisa realizada na E.E Ayr Picanço Barbosa de Almeida, realizada com alunos e professores sobre o que acham em estudar história com músicas, onde depois de explicar como aconteceria e que tipo de músicas seriam abordadas, nas quais seriam músicas de todos os gêneros, cada uma de acordo com o período estudado, de músicas populares à raps atuais e também algumas de criação dos próprios alunos, então eles responderão se aprovam ou não.
Em um segundo momento a pesquisa será aprofundada através de dados secundários, através de uma pesquisa bibliográfica, em artigos científicos, teses, em livros e materiais das disciplinas da grade curricular da UNINTER e livros externos, usando a mudança de conceitos de fontes do séc. XX, para mudar a visão centrada na pessoa que transmite e na transmissão do conhecimento para o receptor do conhecimento, passando pelo resultado da análise do que move os jovens atuais e unindo a importância e a teoria de usar a música como novo modelo central na metodologia de ensino de história. 

Identificação da problemática e análise introdutória 

Partindo da referência feita pela Elza Nadai no artigo: Ensino de História no Brasil; trajetória e perspectiva, onde na pág. 143 ela cita Murilo Mendes,1935, pág. 41

Nossos adolescentes também detestam a História. Votam lhe ódio entranhado e dela se vingam sempre que podem, ou decorando o mínimo de conhecimento que o “ponto” exige ou se valendo lestamente da “cola” para passar nos exames. Demos ampla absolvição à juventude. A História como lhes é ensinada é, realmente odioso. (Murilo Mendes Apud Elza Nadai, pág. 143)

A autora nos leva a entender, através de todo o artigo, nas transformações constantes, seja no entendimento de fazer história, seja na mudança curricular ou na metodologia de ensino que não só naquela época, mas que a metodologia de ensino e principalmente, do ensino de História, tem a necessidade de ser renovada e de acompanhar a geração em que será aplicada esse conhecimento, tendo em vista que haja algum atrativo, ao menos para não ser odiosa, e mais do que isso, para se criar um hábito e um prazer o acolhimento do conhecimento Histórico e o pensar historicamente. Ainda neste sentido, ela nos dá uma síntese das preocupações e também um caminho a percorrer sobre as mudanças prioritárias; “... aceitar a ideia de que o conteúdo não pode ser tratado de forma isolada. Deve-se ensinar menos quantidades e mais ensinar a pensar (refletir) historicamente.” (Nadai, 1992, pág. 159), pois o conhecimento de história não é algo enquadrado em um simples molde, como qualquer área que trabalhe com o conhecimento, ela é dinâmica, mutável e está em constante renovação, pelo simples fato de que devemos olhar a história com os olhos dos que a escreveram, olhos do passado para realmente entendermos o seu contexto, mas também temos que olhar com os olhos do presente, para entendermos a realidade contemporânea, do qual sem esse olhar, todo o conhecimento do passado não passam de estorinhas e sendo inútil para os alunos, por isso ela afirma a tão grande necessidade de ensinarmos os alunos a refletirem mais do que decorarem nomes e dadas. A falta de reflexão profunda sobre o passado, o presente e também o futuro de si mesmo e do mundo em sua volta é o grande mal da humanidade, e principalmente dos alunos desse tempo, invertendo valores e períodos necessários para a construção do ser e do conhecimento. Como Nadai vai dizer, o que necessitamos é a “Compreensão de que o aluno e professores são sujeitos da história (do processo escolar, do trabalho comum, da vida e do devir) (Nadai,1992, pág. 160) e a falta dessa compreensão elimina responsabilidades tanto dos professores quanto dos alunos, por não sentirem parte do que se está construindo, a professora e pedagoga Maria Aparecida Zanetti ao citar a Pedagogia da indignação escreve e nos alerta que essa apatia é muito perigosa;

Educação de nossos filhos e de nossos alunos torna-se um desafio sempre maior, diante da magnitude crescente dos problemas que o mundo atual nos propõe. Daí, então, que a nossa presença no mundo, implicando escolha e decisão, não seja uma presença neutra, porque a acomodação é a expressão da desistência da luta pela mudança. (Pedagogia da Indignação apud Zanetti, 1999, pág. 372)

  O que nos abre a visão ao relembrar a verdadeira função de toda a transformação historiográfica, e parafraseando ainda a professora Zanetti(1999) principalmente quanto ao uso de fontes diversas, que tem-se procurado viabilizar o uso de fontes variadas e múltiplas, com o objetivo de resgatar discursos múltiplos sobre o tema específicos. A finalidade tem sido fazer aflorar diferentes tradições históricas; fazer emergir o diálogo (contraditório, complementar, divergentes) da história oficial com a memória social a fim de que mudanças aconteçam na sociedade, e para concluir o pensamento da autora, nada melhor do que a conclusão que ela própria faz a respeito de novos métodos

Em conclusão, pode-se afirmar que vivemos ainda uma conjuntura de “crise da história historicista”, mas as diversas propostas de ensino e as práticas docentes tem ajudado a viabilizar outras concepções de história, mais comprometidas com a libertação e a emancipação do homem (NADAI, 1992, pág. 160)

A MÚSICA COMO PESQUISA HISTORIOGRAFICA E METODOLOGIA DE ENSINO.
A música como fonte Histórica

O livro teoria da história, de Antônio Fontoura, mostra a trajetória da historiografia em si, dos processos de transformações, da concepção histórica e historiográfica, de conceitos, e sobre o papel das fontes, onde no fim do séc. XIX e séc. XX, principalmente depois da escola dos Annales, quando houve essa expansão conceitual, que abre um leque de oportunidade e variedades para pesquisa e para o ensino de forma mais reflexiva, como podemos ver o próprio autor se referindo a esse episódio
Os historiadores das primeiras décadas do século XX começaram a defender que todos os elementos que compõem a sociedade humana poderiam ser objetos de análise histórica. Foi a partir desse momento que todos os vestígios humanos puderam ser tratados como fontes; pinturas, fotografias, revistas, jornais, objetos de uso cotidiano; habitações; cartas e diários; textos literários e jurídicos; canções, vídeos, procissões, rituais. (Fontoura, 2016. Pág. 39)       

Se antes o foco dos historiadores eram os grandes homens, grandes acontecimentos políticos e tinham como fontes históricas apenas as fontes oficiais e escritas, a ponto de dizer que aqueles que não tinham a escrita estavam fora da história, como a pré-história,  a partir desse momento de debates e expansão no conceito de história e de fontes históricas, um grande campo se abre diante dos pesquisadores, uma vasta lista aparece diante dos olhos para que as grandes lacunas históricas fossem sendo preenchida, e todos os elementos que compõem uma sociedade passam a ser fontes históricas, e entre elas a música, que sem dúvida é um dos elementos mais eficazes pelo fato de ela estar extremamente conectada com o mundo à sua volta e no seu tempo, como podemos ver a música está relacionada e dividida em “‘Culto” e “popular”, “hegemônico” e “vanguardista”, “folclórico” e “comercial””(Napolitano, 2002, pag. 10), ou seja, em vários âmbitos da vida social e da humanidade em si.

A música e os efeitos dela nos jovens.

Katia Maria Abud faz uma citação de Bréscia (2003) dizendo que 

Ao utilizar a música desenvolve-se o processo de construção do conhecimento, que desperta e desenvolve não somente o gosto musical, como ainda favorece o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.”


Sendo assim a música tem o poder de nos fazer seres sociais e de criar um olhar crítico quanto ao mundo, espaço e tempo ao nosso redor. Segundo Leonardo Junior, educador musical a mais de vinte anos, a música afeta o ser humano de diversas formas, além de ser um elemento que auxilia o bem estar quando se houve músicas agradáveis e o mal-estar ao ouvir músicas que não são do gosto pessoal, ela afeta mesmo que indiretamente as emoções e contribui para a construção e desenvolvimento social, na comunicação e relações;


A música afeta de duas maneiras distintas no corpo do indivíduo: diretamente, com o efeito do som sobre as células e os órgãos, e indiretamente, agindo sobre as emoções. É um elemento de fundamental importância, pois movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformação e o desenvolvimento social. (JUNIOR, 2005) 


  Se nos pautarmos que essas também são as grandes finalidades do ensino de história, então existe uma ligação de completude entre esses dois, de forma que um passa a auxiliar o outro para que a finalidade de ambos se concretize na vida e em especial no caráter acadêmico dos alunos, pois o conhecimento não pode ser transmitido simplesmente, ele precisa ser adquirido e construído a partir do que recebe de fora, mas para que chegue ser o conhecimento de fato do aluno, é necessário que a “matéria prima” que vem de fora se torne obra prima através da consciência do que se adquire, como  Behrens ressalta que;

O ensino como construção de conhecimento propõe o envolvimento do aluno no processo educativo. A exigência de tornar o sujeito consciente valoriza a reflexão, a curiosidade, o espírito crítico, a incerteza, a provisoriedade, o questionamento e exige reconstruir a prática educativa proposta em sala de aula. (BEHRENS, 2000, p. 45)

Celia Maria, em seu artigo “Música e o ensino de História: uma proposta” diz a respeito de se utilizar as diferentes formas de linguagens para se criar esse senso crítico, onde o grande papel do professor seria introduzir os alunos nessas fontes e deixar que o próprio aluno desenvolva essa criticidade, através da sua percepção de mundo, partindo do seu mundo para voltar e transformar também o seu mundo.

A utilização de diferentes linguagens no ensino de história possibilita o reconhecimento da escola como espaço social, onde o saber escolar reelabora o conhecimento produzido pelo historiador e, nesse processo, agrega um conjunto de “representações sociais” do mundo e da história, praticados por professores e alunos, frutos da vivência de ambos e provenientes de diversas fontes de informação. O trabalho do professor consiste em introduzir o aluno na leitura dessas fontes, a partir da sua realidade, do seu tempo e do seu espaço, levando-o a identificar as especificidades das linguagens dos documentos: textos escritos, desenhos, filmes, suas simbologias e formas de construção dessas mensagens (BRASIL,1998). Busca se para o aluno o despertar do senso crítico que o leve à compreensão da sua realidade em uma dimensão histórica, identificando semelhanças e diferenças, mudanças, permanências, resistências e que, no seu reconhecimento de sujeito da história, possa posicionar-se. (DAVID; 2003 pág. 6)


E ainda incentiva o uso da música popular, entre as diversas formas de linguagem existente, afirmando que, a prática de aula e uma metodologia ativa, muito mais é do que uma forma mágica descoberta pelo professor de como se ensina uma pessoa, e sim a interação e a ação conjunta, entre o aluno e o professor, que faz tornar o uso da música um recurso didático privilegiado já que a canção revela identidades e pontos de vistas.

A canção popular, reconhecido canal de comunicação, evidencia-se como recurso didático privilegiado que, para além de simples ilustração, sugere uma prática ativa, criativa. Conteúdos e Didática de história e integradora. Reclama uma postura didática diferente da tradicional, dialética, momento privilegiado para que os alunos, na plataforma da canção, tenham voz e sejam ouvidos em um espaço também dinâmico, no qual a própria posição das carteiras, enfileiradas, estão na contramarcha do processo.” (DAVID Célia Maria; 2003, pág. 7)


E vai mais além ao dizer que,

Privilegiar a linguagem musical no ensino de História significa construir conhecimento, por meio de um recurso didático motivador e prazeroso que envolve larga possibilidade de trato metodológico. Para tanto, faz-se necessário, principalmente, reconhecer que a música é arte e conhecimento sociocultural, portanto, uma experiência cotidiana na vida do homem. (DAVID Célia Maria; pág.1)

Em uma entrevista, Marcos Napolitano ao responder quais limites e possibilidades são identificadas para as práticas de ensino de História que se utilizam da música popular na educação básica, ele diz o seguinte; 

Há muitas possibilidades e desafios. Entre as possibilidades “mais à mão”, destaquem-se as abordagens clássicas, entre as quais aponto duas: samba e nacionalidade nos anos 1930 e MPB e resistência nos anos 1960 e 1970. Mas é preciso ir além desses temas clássicos. Já começam a surgir abordagens sobre a juventude, a partir do rap e do rock. Os gêneros nordestinos rurais podem servir para discutir a identidade e as representações do sertão e do sertanejo. A música caipira e sertaneja ainda é pouco utilizada para discutir conceitos como propriedade da terra, trabalho rural e paisagem cultural brasileira, mas já existem teses a respeito. O maior desafio é metodológico: como incorporar a escuta musical na análise da canção? Muitos professores ainda têm dúvidas e dificuldades a esse respeito. Outro desafio é heurístico: os professores devem tomar cuidado para utilizar uma canção como fonte histórica, mobilizando a gravação original da época estudada, informando-se sobre o seu suporte original (LP, 78rpm), evitando utilizar qualquer versão da canção proposta, baixada da internet, sem a devida contextualização. (NAPOLITANO, 2017, pág.144)


A música é extremamente ligada ao seu contexto de criação, como diz alguns pensamentos judaicos, a canção é a caneta da alma, o que a ciência também comprova através de experiências que demonstram que o gosto musical tem grande ligação com a personalidade da pessoa como mostra o artigo da PsychCentral “Estilo musical preferido é vinculado à personalidade” (traduzido pelo autor) e elas são uteis para a compreensão de períodos e transformações históricas. Como já visto, a música só não pode, mas deve ser usado como metodologia de ensino, pois através dela podemos chegar a uma verdadeira noção de história problema, porém antes de querer ensinar algo através da música é necessário conhece-la de verdade como uma fonte historiográfica e analisa-la com todos os requisitos que se analisa outras fontes, uma análise interna e externa, e também requisitos particulares para esse meio, como por exemplo ritmos, partituras, harmonia, etc. ou seja,  existem duas partes para se analisar a música, a primeira é um mergulho nas linhas e entrelinhas das letras de um determinado período, a segunda é uma verificação, se o que era cantado tinha relação com o que está “determinado” pela historiografia atual, e pelos livros de histórias. Ao analisarmos as músicas e fazermos essa comparação podemos identificar sentimentos, ideologias, identificar externamente se era um grupo, ou era todo um país.
Parafraseando o que ao longo do seu artigo pela UNIVESP, Celia Maria David ao demonstrar como fazer uma leitura e análise interna das músicas, e unindo com o método de análise de Antônio Fontoura no seu livro, podemos fazer uma análise divididas em partes 

Analise interna

Quem está cantando: homem ou mulher? 
Uma ou mais pessoas? 
Que instrumentos conseguem identificar?
Conhecem estes instrumentos?
O que indica que o canto vai começar?
Tem repetições?
O que é repetido?
Do que a música está falando? 
Em que língua ela foi criada?
Que palavras conseguem ouvir? 
Qual a ideia principal da música? 
Existem palavras que não conhecemos na letra?
Existem ligações com alguma ideologia?
Contam algum fato histórico?

Analise externa

Quem é o autor? quais suas características?
Era comum o homem ou a mulher cantar esse gênero de música?
Quem tipo de pessoas ouviam esse estilo de música? (Quais “Tribos”, como eram economicamente, ideologicamente, religiosamente)
Se existir relatos ou pesquisas, quantas pessoas ouviam esse estilo de música, ou para quem era? Qual o destinatário?
Qual o período em que ela foi escrita?
Ela se remete a um outro período? Qual? 

Análise de comparação com a historiografia

As informações que estão contidas nessa música comprovam ou negam o que os livros dizem? Por que?
Há termos históricos? Estão sendo usados de forma correta, com o significado correto?
Algumas perguntas que direcionam a análise de uma canção como fonte histórica, mas o raciocínio do pesquisador ou dos alunos deverá ser direcionado sempre a partir da problematização da canção apresentada.
Katia Maria vem nos dando alguns exemplos de músicas que são nitidamente uma crítica histórica, 

Não é raro se encontrar em obras didáticas letras de música popular para ilustrar determinados conteúdos conceituais (por exemplo, Mulheres de Atenas, de Chico Buarque, no capítulo que trata das cidades gregas; Apesar de você, do mesmo autor, sobre a recente ditadura brasileira (ABUD, 2005, pág. 309)
 
Assim podemos trabalhar com músicas que citam explicitamente o seu conteúdo com críticas ou aprovação de algum período, movimento, ideias ou irmos além e buscar essas informações em músicas que não falam de períodos ou acontecimentos mas de sonhos, desejos, até mesmo fugas da realidade difícil do autor, podemos também e principalmente sair um pouco do âmbito da história política e entramos na história cultural, religiosa, etc.
Exemplos de músicas nacionais e internacionais explicitas que se tornam ferramentas fáceis de uso para ensino de história, através de análise interna da letra e externa pelas circunstancias que foram criadas:

Civil War, Guns n Roses – Faz uma crítica as guerras em geral, mas principalmente sobre as guerras civis, que normalmente são causadas por ideologias dentro de um mesmo país, que geram mortes e destroem estruturas desses países.

Apesar de você, Chico Buarque – Faz duras críticas sobre a repressão vivida no governo Médici ditadura militar no Brasil 

Alexander The Great, Iron Maiden – Fala sobre a vida e o grande império de Alexandre o Grande e suas conquistas durante o seu tempo.

Sunday Bloody Sunday, U2 – Canção faz referência ao Domingo Sangrento na Irlanda, ocorrido em 1972.

Exemplos de músicas que contam histórias pela análise externa: 

Eu Sou Terrível, Roberto Carlos – Música criada no período da ditadura militar mas que não foi feita para lutar contra uma ideologia política, nela podemos ver o pensamento dos jovens daquela época, o que pelo o sucesso que até hoje faz, mostra que é algo comum ao pensamento da maioria daqueles jovens. 

Affectionate, Pixinguinha e João de Barro - Música criada em 1917 mas que só em 1937 começou a fazer sucesso, mas pela quantidade de músicas em mesmo estilo podemos perceber como era o conceito de relacionamento e o contato entre homem e mulher.

Existem também músicas feitas para o fim educativo que podem nos auxiliar no entendimento e até a fixação de conteúdos e contextos históricos, como por exemplo as músicas da banda Pré-Histórica, uma banda de rock n’ roll. Segue a lista de músicas, segundo site vagalume:



1. Egito antigo
2. Em busca do desconhecido
3. Germânicos
4. Igreja Medieval
5. Iluminismo
6. Monarquias nacionais
7. New Deal 
8. Pré-História
9. Revolução Industrial



Letra da música Iluminismo:


Movimento filosófico                        
Ocorrido na Europa                         
Que usava a razão                           
Para explicar o mundo                     
Trazendo luz                                    
Para sociedade                               
Que se encontrava
Nas trevas da ignorância
Contra o absolutismo
Surge o iluminismo
Fazendo do mundo
Um lugar melhor
Voltaire e a liberdade
Locke e o liberalismo
Newton e a gravidade
Descartes racionalismo
Foram iluministas
Com suas teorias
Que para o mundo
Trouxeram melhorias


Essas músicas criadas propriamente com a função educativas e outras músicas feitas como paródias tem sido um diferencial em várias partes do Brasil para o ensino e tende cada vez mais crescer por causa do bom resultado. Como diz Marcos Napolitano (2002, pág.5) “o Brasil é um lugar privilegiado não apenas para ouvir música, mas também para pensar a música.” E devemos aproveitar esse privilégio ao máximo.
Citamos essas músicas para nortear o pensamento de que o estudo das músicas contam muito sobre seus períodos, e a análise de seus propósitos nos revelam a identidade de todo um povo, suas tradições e culturas, além de ser mais divertido e prazeroso estudar partindo da música e se aprofundando nos textos com perguntas já identificadas através da música à serem feitas para esses textos, com um verdadeiro propósito e não só a o fazer os exercícios por fazer em cada aula.
Em todos os momentos da história ouve canções, músicas e expressão dos sentimentos através de sons e poemas (letras), seja pelas “flautas” feitas de ossos encontradas recentemente por arqueólogos; nos rituais religiosos dos Egípcios, Hebreus e povos antigos; os famosos cantochões da idade média; as canções que influenciaram a revolução francesa e até os dias de hoje, como diz Gainza;

Associada à palavra e a dança, a música evoca emoções coletivas e atua como estímulo para o trabalho, para a organização social, para atividades festivas e para a guerra. É uma parte fundamental da atividade religiosa e acompanha o homem até o tumulo. Unida à poesia, serve além disso, para lembrar eventos e personagens importantes, assim como conservar partes importantes da história dos povos. (GAINZA, 2013, pag. 37)

Mas quando se trata do uso da música como metodologia de ensino principalmente para alunos desinteressados do Ensino Médio, não podemos esquecer que antes de atrair a atenção deles para uma análise do passado, precisamos fazer com que eles entendam a necessidade dessa análise, olhando para o presente deles, para o mundo em volta deles e percebendo por si mesmo a necessidade de ir além desse presentismo em que vivem, do aqui e agora. A sim a proposta é começar uma análise pelas músicas que eles ouvem hoje, que eles gostam e que estão fazendo sucesso, e deixar com que eles analisem o conteúdo, as necessidades dos dias de hoje e a partir dessas indagações olharem para o passado e pensando no próprio futuro, assim como Napolitano diz também na entrevista a respeito do uso de músicas que fazem parte da realidade dos alunos e essa mescla necessária para atrair, 

Acho que deve haver uma combinação entre o gosto musical dos estudantes e a ampliação do seu repertório, como eixo do planejamento das atividades. A escola não deve ser mera reverberação do gosto geracional, construído a partir do mercado. Por outro lado, ela não pode impor um repertório aos alunos que não parta de suas experiências e preferências, buscando, obviamente, ir além. Não é uma negociação fácil, muitos alunos são surdos para novas experiências musicais, dada a extrema “tribalização” das audiências juvenis. Por outro lado, muitos professores têm um grande preconceito contra o gosto musical dos seus alunos. É preciso que as duas partes “desarmem” os seus ouvidos. [risos] O que importa é entender que a escuta de uma canção é parte da aula, de um tópico curricular, e não mera diversão em meio ao estudo   “sério” de outros temas e fontes. O professor não deve ter medo de encarar a canção como um documento histórico, entre outros. (NAPOLITANO, 2017, pág.144)

Aqui apresento a lista das dez músicas mais tocadas nas rádios e visualizadas pelo youtube, 

1 DONA MARIA PART. JORGE (Lançamento Músicas 2018)
Thiago Brava
2 APELIDO CARINHOSO (Lançamento Músicas 2018)  
Gusttavo Lima
3 AMOR DA SUA CAMA
Felipe Araújo
4 CONTRATO
Jorge e Mateus
5 AQUELA PESSOA
Henrique e Juliano
6 SAUDADE
Eduardo Costa
7 RAPARIGA NÃO PART. 
SIMONE E SIMARIA 
8 COISA DE DEUS 
PART. JORGE MATEUS Michel Teló
9 MAIARA & MARAISA BENGALA E CROCHÊ
Maiara e Maraisa
10 HAVANA FEAT. YOUNG THUG
Camila Cabello

Essas músicas são as mais ouvidas dos jovens hoje em dia, e pela constância nos mesmos assuntos e o contato com jovens, vemos que é a realidade pessoal deles. De que forma podemos criar um olhar Histórico-Crítico se não pela análise da sua época com aquilo que você gosta? Aliás gostos que estão constantemente mudando, sucessos que cada vez duram menos tempos, também fazem parte dessa análise através da música.
Através de questões levantadas sobre essas músicas com os alunos podemos ir nos aprofundando, analisarmos o que permanece e o que se transformou com o tempo, como em questões da sexualidade, que hoje são faladas tão abertamente e que nos leva diretamente a revolução sexual, da qual para entendermos bem precisamos de todo o contexto desde os povos da antiguidade. A jeito como que se relacionam hoje de forma superficial, entre outros assuntos, os quais tudo tem explicações na história, assim como forma liberalista de hoje tem suas raízes em opressões do passado. 

A educação musical para surdos  

No decorrer dessa pesquisa nos deparamos com uma questão que que para muitos se torna um grande empecilho para essa metodologia de ensino, sobre o uso da música para o ensino e para pensar o mundo e suas características históricas através dela, como relacionar o estudo através da música e criar uma escola inclusiva, já que há alunos com deficiência auditiva? Como a pesquisadora Cristina Soares da Silva fez a citação de Finck (2007), “música é vista como algo que os povos surdos não podem fazer uma vez que se trata de um fenómeno que deva ser experimentado através da audição” (SILVA, 2011, pág. 18), mas como a própria autora afirma, isso não é autentico já que muitos trabalhos, educativos e psicológicos, tem sido feito através da música com crianças e jovens com deficiência auditiva.
Segundo a pesquisadora da PUC, Nadir Haguiara Cervellini citada por Luiz Alexandre de Souza Ventura, no seu artigo para o estadão “música para surdos”; 

Pode parecer contraditório dizer que uma pessoa surda ou com deficiência auditiva severa também é um ser musical, mas a apreciação de ritmos e melodias, inerente e necessária a todo o ser-humano, sem exceção, independe da audição” (CERVELLINI apud VENTURA, 2007)

Como ela disse, todos as pessoas, crianças, adolescentes, jovens e adultos com ou sem deficiência são seres musicais e são afetados pela música de forma sensitiva ou psicológica, de forma que a música em si, produz através dos efeitos sonoros e do ritmo, um grande desenvolvimento humano, pois “ritmo é vida, e quem está vivo não escapa” (SILVA, 2011, pág.18), claro que de modo diferente, entre o que escuta melhor e o aluno que tem deficiência, ou seja, são parâmetros distintos entre os modos de ensino e pesquisa entre um e outro, sendo um pelo ouvido e o outro pela visão e sensibilidade da pele, já que 

A pele é o órgão dos sentidos mais vital” (Haguiara-Cervelline, 2003, p.79). Podemos viver sem audição, olfato, paladar, visão, mas a pele é essencial, pois estabelece limites no corpo, estabelecendo relação com o mundo exterior (Haguiara-Cervelline, 2003). O surdo reage à música e expressa a sua musicalidade utilizando o toque. É possível captar vibrações das ondas sonoras por todo o seu corpo, através da pele e ossos. (SILVA, 2011, pág.18)
E é por isso que assim como o estudo através da música em todo seu conjunto de formas apresentado nesse relatório como um meio de melhoria no ensino a fim de alcançar o máximo desenvolvimento do aluno também é aplicável aos alunos com deficiência, pois também os alunos com deficiências tem o direito de aulas que os façam alcançar esse desenvolvimento da melhor maneira possível, assim como diz a lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) cap.IV, art. 27

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (Estatuto da Pessoa com Deficiência. Brasília. 2015)

Através dos mesmos meios, seja de ouvir e sentir a música, seja na análise da letra e no seu contexto, o aluno em geral tem a possibilidade de entrar no mundo e no tempo em que ela foi criada. E incluir o aluno deficiente nesse meio é a melhor forma de fazer uma escola inclusive de verdade já que “Educar é confrontar-se com esta diversidade” (BEYER, 2005, pág.27), e assim como diz a autora Cristina Soares da Silva

A escola como uma instituição fundamental na construção da cidadania deveria, necessariamente, servir de modelo social e criar culturas que celebrem a diversidade, Educação Musical para que sejam inclusivas e sem preconceitos e/ou discriminação. Portanto, nada mais apropriado para a reversão da representação de que surdo não pode fazer e/ou participar de atividades musicais do que oferecer estas atividades na escola (FINK 2007, pág.6 apud SILVA, 2011, pág.21).


Ou seja, para um verdadeiro sucesso tanto ao fato da inclusão quanto a metodologia de ensino e pesquisa através da música, tem como ponto inicial e de total importância o desenvolvimento continuo da escola e dos docentes, ao se aprofundarem em meios para que se cumpra de forma eficiente, primeiramente ao conhecimento de libras e posteriormente o conhecimento da história da música e suas particularidades.  
Para uma verdadeira inclusão, não basta apenas aceitar e acolher um aluno com deficiência em uma escola, sem antes ter um preparo do qual faça a diferença, citamos como exemplo de uma verdadeira inclusão a E.E. Ayr Picanço Barbosa de Almeida, em São José dos Campos, que tem feito grande trabalho de inclusão, onde em alguns períodos das aulas acontecem oficinas de libras para alunos e professores, para que saibam lidar e se comunicar com os alunos com deficiências auditivas na escola, o qual já vemos o resultado em relação a interação entre eles, possibilitando trabalhos em equipes, e apresentação em libras. 
   
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há um grande caminho a percorrer e um grande desafio para que a educação principalmente para a formação do primeiro e do segundo grau se torne eficiente e eficaz na vida acadêmica dos jovens de hoje, um grande desafio que não depende só do aluno ou só do docente, mas de todo o conjunto entre a escola, os docentes, os alunos e a comunidades que envolvem a escola. Mas diante dessa pesquisa reconhecemos que o papel do docente e o seu empenho são fundamentais para a realização da real função da escola como formadora de cidadãos pensantes e de produtora de uma verdadeira inclusão social, através da formação continuada, principalmente em libras, e um conhecimento da história da música e de uma análise real a cada necessidade e vivência do aluno, para primeiramente reformular a ideia de conhecimento e de escola, que hoje em dia são sinônimos de coisa chata, e que só geram uma indagação, para que vou usar isso? Ao contrário de seres pensantes geramos jovens com justificativas para não assumirem seu papel na sociedade.
A música que desde sempre existiu e se desenvolveu sendo uma forma de expressão dos sentimentos mais íntimos, de exposição de ideais e formas de pensar, de apresentação de acontecimentos, e que hoje é algo que ocupa grande parte do tempo de cada pessoa é um grande meio para solucionar a falta de interesse dos alunos nos estudos, por ser uma forma mais lúdica, atrativa e crítica da análise historiográfica de todos os tempos. A música que se tornou uma fonte histórica a partir da revolução de conceitos sobre história e historiografia causada principalmente pela escola dos annales no final do século XIX e início do século XX, nos ensina e nos revela coisas importantes sobre a história em seu tempo e em seu espaço onde foi composta. Como podemos acompanhar de forma melhor no livro da história da música ocidental de Donald J. Grout e Claude V. Palisca, que é um grande instrumento de pesquisa e aprofundamento nesse assunto. Mas podemos também usar músicas que foram criadas para o fim pedagógicos e para o ensino de história como mostrado no decorrer dessa pesquisa, como por exemplo músicas da banda Pré-histórica. 
A metodologia de ensino pautada no uso de música tem se mostrado muito importante para se chegar ao cumprimento da tarefa educacional e acadêmica, mas vai além, música não somente é importante e útil ao ensino de história, mas é essencial para a formação do ser humano. Como educadores e conhecendo o papel de suma importância que há na construção de seres sociais, de pessoas, que serão marcadas para sempre através da interação e intervenção educantil, é impossível deixarmos de lado uma ferramenta de tamanha eficácia como a música que está tão intrinsicamente ligada a vida cotidiana das pessoas, assim como afirma Monica Cristina Caetano e Roberto Kern Gomes em um dos pontos mais importantes do seu artigo “A Importância da Música na Formação do Ser Humano em Período Escolar”, 

A música é arte que se faz presente em diversos momentos da vida exercendo importante papel na formação do ser humano desde a infância, tendo em vista que ainda em fase intrauterina a criança já está interagindo com a linguagem musical (GARCIA, 2012; pág.1) 
No decorrer dessa pesquisa nos deparamos com um ponto muito interessante e de grande importância, como o uso da música é possível em uma escola inclusiva? De forma cientifica e psicológica, baseada em especialistas nessa área encontramos respostas, de como não só é bom, mas é de suma importância a música para a inclusão desses alunos, pois todos os seres humanos, com deficiência particulares são seres sociais e musicais, e a música é o meio que une aquilo que antes era diversidades, que revela a realidade de que a educação vai além de ser um conjunto de informações que são lançadas de um lado e recebidas de outro, mas é a construção de uma sociedade, de pessoas atentas e participantes ativos no seu papel de cidadão, e por isso é de grande importância atrair a atenção e despertar o interesse dos alunos para o estudo da história e assim criar esse olhar histórico crítico nos alunos 

REFERÊNCIAS


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