Tito
– Creta – (105 d.c)
(Morte
natural)
Tito permaneceu como bispo de Creta até sua morte, que ocorreu em idade avançada, por causa natural e não por martírio, em Creta no ano 105 depois de
Cristo. Ele teria conservado a virgindade até
a morte.
Santo
Evaristo –
Roma – 106 d.c
Não
se sabe o certo sobre a morte desse santo
Santo Alexandre I se torna o 6º Papa da
igreja Católica(106-116 d.c)
Inácio
– Bispo de Antioquia – (107~111 d.c)
(frases Importantes)
Carta de Inácio a Roma.
¹Perdoai-me. Eu sei o que me
convém. Agora estou começando a ser discípulo. Que nenhuma coisa visível ou
invisível tenha ciúme de que eu alcance a Jesus Cristo. Fogo, cruz e manadas de
feras, dispersão de ossos, destroçamento de membros, trituração do corpo todo e
tormentos do diabo venham sobre mim, contanto somente que eu alcance a Jesus
Cristo."
²'sou
trigo de Deus e pelos dentes das feras sou moído para ser encontrado como pão
puro.' (Referencia a santa Eucaristia)
(Devorado
por leões)
O imperador Trajano promulgara um edito afirmando que
todos os cidadãos do Império Romano seriam obrigados a fazer sacrifícios aos
deuses de Roma ou enfrentariam sérias consequências.
De forma geral, Trajano obtivera bastante sucesso,
exceto com a seita dos cristãos, cujos seguidores sempre se recusavam a obedecer–lhe. Quando
chegou a Antioquia, decidiu julgar Inácio publicamente como forma de inibir outros cristãos que também se negavam
a sacrificar aos deuses romanos. Inácio era o líder da igreja de Antioquia e um cristão de renome,
principalmente depois da morte de João, ocorrida poucos anos antes.
Trajano olhou para Inácio com desprezo e disse:
– Quem é você, verme miserável, que desafia e ignora minhas ordens e ainda
convence outros a fazer o mesmo, apesar de saber que trará sobre si uma
dolorosa morte?
Com tranquilidade, porém firme, Inácio se defendeu diante do imperador e de toda a multidão, dizendo
que continuaria a desobedecer à ordem real, e incentivaria outros a fazerem o mesmo,
porque "Jesus Cristo é o único Deus verdadeiro".
Trajano questionou Inácio sobre Jesus, perguntando–lhe se aquele
de quem falava
era o indivíduo que fora crucificado por Pôncio Pilatos.
Inácio
respondeu:
– Sim, e ele mora em meu coração. Surpreso,
o imperador perguntou–.
– Então você diz que carrega um homem crucificado dentro de você?
– Certamente – Inácio respondeu – Pois está escrito: "Eu habitarei neles e neles
andarei". Ao ouvir isso, Trajano resolveu pronunciar a sentença–, "Vejo
que este homem
está incuravelmente envolvido pela superstição dos cristãos. Portanto,
ordeno que Inácio, que afirma carregar em si aquele que foi
crucificado, seja levado por soldados a Roma, onde será devorado por
animais selvagens para entreter o povo".
Para a surpresa de Trajano, a condenação a uma
dolorosa morte não abateu Inácio, que olhou para o céu e disse–. "Agradeço–Te, Senhor, por ter–me dado a honra de mostrar a Ti todo o meu amor, e por
permitires que ficasse acorrentado assim como foi com o apóstolo
Paulo".
Nos meses que se seguiram, Inácio foi
escoltado até Roma por dez soldados, onde foi novamente preso,
julgado e submetido a terrível torturas para que blasfemasse contra o nome de
Jesus e sacrificasse aos deuses de Roma. Entretanto, Inácio, ao contrário de ter
sua fé abalada, se
fortalecia ainda mais no Senhor.
Por fim, foi levado diante do Senado, que o condenou
imediatamente a ser jogado aos leões. Ao ser lançado na arena antes do ataque das feras, Inácio olhou
para a multidão e proclamou seu amor a Jesus dizendo aos presentes
que seu único crime era amar a Deus e não se curvar
diante dos ídolos de Roma.
Assim que acabou de falar, dois leões foram
soltos e atacaram o bispo de
Antioquia. Tão brutal foi o ataque dos animais que, em poucos
minutos, não havia vestígios de seu corpo nem sequer dos ossos. Ele foi espedaçado, mas a
luz do seu exemplo brilha através dos séculos.
Santo
Alexandre – Roma- (116 d.c)
(Torturado
com Lanças)
Não
abrandou-se, porém, o coração duro e rebelde do tirano, que mandou degolar Evêncio e Teódulo. Com
umas setas de aço muito agudas,
mandou que fossem atravessados todos os
membros do corpo de Alexandre, para que morresse mais cruelmente, sendo
degolado no dia 03 de maio de 116.
São sisto I Se torna o 7
º Papa da Igreja católica(116-125 d.c)
Imperador Romano:
Adriano (117-138 d.c)
4º Grande
Perseguição aos Cristãos
*Propagou o paganismo
na terra santa
*3º Grande perseguição aos cristãos
*Foi ele que construiu
seu tumulo que futuramente se tornaria o castelo de santa Ângelo perto de
vaticano.
* Foi para terra santa
por causa da rebelião
dos judeus onde mais uma vez foram todos expulsos e proibiu que os israelenses
colocassem os pés
em Israel .
Destruiu templos
judaicos e lugares sagrado dos cristãos, como tumulo de
Jesus e construiu altares de outros
deuses para que fosse adorado. Mais tarde(~ sec. IV) santa Helena (Mãe de Constantino) só conseguiu localizar
os lugares sagrados graças
a esses templos, pois tinham preservado a localização deles, então ela destruiu os
templos pagãos
e construiu por exemplo:Basílica
da Natividade(Belém).
São sisto I – Roma – (125 d.c)
(Torturado)
Não se sabe ao certo
como teria sido martirizado, mas tudo diz que seria espancado e torturado pelos
soldados romanos
São Telesforo Se torna o 8º Papa Da
Igreja católica (125~126 -136)
São Telesforo-
Roma-(136d.c)
Apesar de um papado
em relativa paz com os imperadores, o período de 11 anos de Telésforo como líder da Igreja Católica terminou de modo trágico, como era comum na época. Fontes da época indicam que o Papa Telésforo morreu martirizado no ano
136. Ele foi sepultado junto ao túmulo de São Pedro, considerado o primeiro papa. Foi santificado
mais tarde e é venerado
na Igreja Católica
Apostólica
Romana e na Igreja Ortodoxa Grega. Seu sucessor foi o Papa Higino.
Imperador Romano:
Antonino Pio (138-161)
São Higino se torna o 9º Papa Da Igreja Católica (138-140 d.c)
São Higino – Roma- (140d.c)
O Papa Higino
combateu um movimento gnóstico que enfrentou Roma. O gnosticismo foi
considerado uma heresia por misturar doutrinas e práticas religiosas com filosofia
e mistérios. Os
gnósticos
acreditavam que havia uma fé comum para os incultos e uma ciência reservada aos doutores. O
gnosticismo foi uma das heresias identificadas e condenadas pelo Papa Higino,
que excomungou seus principais líderes.
Não há certeza sobre a causa da morte
do Papa Higino, mas era muito comum naquele momento, em função da perseguição sofrida pelos cristãos, o martírio dos papas.
O certo é que seu pontificado durou
quatro anos e que Higino faleceu aos 50 anos de idade, no ano 140. Ele foi
enterrado próximo à tumba de São Pedro. Seu sucessor foi o
Papa Pio I.
São Pio I se torna o 10º Papa da Igreja Católica (140-154 D.C)
Ptolomeu e Lucius – Roma –(150D.C)
Os guardas levaram
Ptolomeu diante de Urbicus, o prefeito da cidade, pois tinha sido acusado de
ser cristão. Seu
acusador era um homem cuja esposa se convertera por causa da mensagem pregada
por Ptolomeu e que agora já não mais se conformava com o estilo de vida de seu
marido. Como o homem não podia
torturar a esposa cristã e matá–la,
decidiu fazer com
que seu "mestre na fé"
sofresse.
Urbicus olhou para o
velho Ptolomeu e disse:
– Só tenho uma pergunta a fazer:
Você é cristão?
Ptolomeu, conhecido
por amar a verdade, simplesmente respondeu:
– Sim.
– Guardas – ordenou o governante –, levem–no daqui e matem–no! Todavia um homem chamado
Lucius, que estava na multidão, apresentou–se e disse:
– Excelência, qual é a acusação? Esse homem não é um criminoso! Não é
adúltero, nem assassino, nem ladrão. Ele não violou nenhuma lei. Apenas
afirmou ser cristão.
Decretar sentença de
morte a alguém que
declara algo tão digno não trará nenhuma honra ao prefeito, ao
imperador ou ao Senado romano. Urbicus olhou para Lucius e declarou:
– Parece–me que você também é cristão. Ele simplesmente respondeu:
– Sim.
–Ótimo!
Assim esse velho não morrerá sozinho. Guardas, levem este
homem também!
Urbicus esperava que
Lucius tentasse fugir, mas ele se curvou em respeito e disse:
– Meu
senhor, eu lhe agradeço. Não mais terei de viver em meio a
governantes tão
injustos e maus. Alegremente irei morar com o Pai no reino dos céus.
Quando Lucius
terminou de falar, outro homem da multidão também se apresentou declarando–se cristão para receber a punição juntamente com seus irmãos e, principalmente, para
desfrutar a recompensa com eles.
São Pio I – Roma – (154 d.c)
O seu pontificado foi marcado por questões envolvendo judeus
convertidos e com heresiarcas como os gnósticos Valentim, Cerdão e Marcião, criador dos marcionismo. Procurou o diálogo com os filósofos e estudiosos heresiarcas
gregos e egípcios que
possuíam versões mais espiritualizadas dos
evangelhos sagrados (como o Evangelho de Marcião). Foi, provavelmente, martirizado em Roma e foi
sucedido por São
Aniceto.
São Aniceto se torna o
11º Papa da Igreja Católica
(154-166 d.c)
Felicitas
e seus sete filhos – Roma –(161D.C)
O imperador Antônino foi informado de que uma
mulher e seus sete filhos se recusavam a adorar os deuses e ainda espalhavam a
mensagem do amor de Cristo por toda a cidade de Roma. Publius, prefeito de
Roma, foi encarregado de interrogar Felicitas e seus filhos.
Como ela tinha boa
reputação entre
o povo, Publius começou o
interrogatório de
forma branda, fazendo–lhe
promessas se ela tão–somente negasse a Cristo. Como
Felicitas se mostrou irredutível, Publius passou a gritar, ameaçando–a de torturas severas.
Felicitas respondeu:
– O senhor
não me
convencerá com
promessas nem com ameaças. Tenho
experimentado em meu
coração o
trabalho do Espírito
Santo que me dá poder e
me prepare para as terríveis
torturas, de forma que eu possa suportar tudo o que me fizer e ainda permanecer
firme na confissão de
minha fé.
No dia seguinte,
diante do tribunal, Publius declarou:
– Muito
bem, Felicitas. Se você quer
morrer, que morra sozinha, mas tenha compaixão de seus filhos e aconselhe–os a salvar a vida,
sacrificando aos deuses.
Ela disse–,
– Sua
compaixão é pura maldade e seu conselho é pura crueldade, pois, se meus
filhos sacrificarem aos deuses, entregarão a vida aos demônios do inferno, que são seus deuses! Eles ficariam acorrentados na escuridão e no fogo eterno.
Então, voltando–se aos filhos, disse:
– Fiquem
firmes na fé e na sua
confissão. Jesus
e os seus santos os aguardam no céu. Portanto, lutem bravamente por sua alma e mostrem
sua fidelidade ao amor de Cristo.
– Mulher – o prefeito gritou –, como você encoraja seus filhos a
desafiar os mandamentos do imperador na minha presença? Não seria melhor que os
aconselhasse a ser obedientes em vez de rebeldes?
No entanto Felicitas
sabia o que estava dizendo e que tipo de morte horrível sua ousadia provocaria.
Publius ainda interrogou Felicitas e cada um de seus filhos em particular,
fazendo–lhes
promessas e ameaças, mas
nenhum deles negou Jesus. Frustrado por não conseguir o que queria, Publius enviou uma nota ao
imperador dizendo que os oito continuavam obstinados em sua fé em Jesus. O imperador, então, sentenciou todos à morte. Felicitas morreria por último, após presenciar a tortura e a
morte de cada um de seus filhos.
Nos quatro meses
seguintes, as sentenças foram
executadas. Januarius, o mais velho, foi açoitado na frente dos outros. Na ponta do chicote,
havia uma pequena bola que dilacerou quase todo o seu corpo, até que ele já não se movia mais. Felix e
Felipus foram os próximos. Os
soldados espancaram–nos com
paus até a morte.
Silvanus foi jogado de
uma grande altura.
Os três mais
novos, Alexandre, Vitalus e Martialis, foram trazidos um a um diante de sua mãe e decapitados. Por fim, em
meio a lágrimas,
depois de presenciar a morte de seus filhos, Felicitas, já ansiosa para se apresentar
diante de Cristo com seus
filhos, foi
decapitada com uma espada.
Imperador Romano – Marco Aurélio- (161-180d.c)
5º Grande Perseguição aos Cristãos
*desencadeou outra
perseguição,
em parte devida à
insatisfação
do povo, que acusava os cristãos
de responsáveis
por calamidades que afligiam a sociedade.
Senador Apolônio (Apologista)- Roma
– (161 d.c)
Apolônio um romano ilustre e até mesmo um senador, e um homem
excepcionalmente talentoso, versado em filosofia. Ele foi denunciado como cristão ao prefeito pretoriano
Perennius. Convocado a se defender, ele leu ao Senado - segundo São Jerônimo - "um admirável volume" em que, ao invés de negar, ele defendeu sua fé cristã. Como resultado, ele foi
condenado à morte
com base na lei outorgada pelo imperador Trajano.
dizem que ele foi
submetido à duas
investigações, a
primeira pelo prefeito Perennius, a segunda, três dias depois, por um grupo de senadores e juristas.
As audições foram
conduzidas com calma e de maneira cortês. Foi permitido que Apolônio falasse, com raras interrupções cujo objetivo era fazer com
que ele diminuísse o tom
de suas afirmações e que
o faziam parecer cada vez mais passível de punição .
Apolônio não estava com medo de morrer,
pois, disse ele: "Há algo
melhor esperando por mim: vida eterna, dada à quem viveu bem na terra". E ele argumentava em
favor da superioridade dos conceitos de vida e morte do Cristianismo .
As fontes discordam
sobre como ele morreu. Passio afirma que ele morreu após ter suas pernas esmagadas,
uma punição também infligida sobre o escravo que
denunciou. Na versão armênia, ele foi decapitado
Justino
(Apologista) e outros – Roma – (165~167d.c)
Um grupo de cristãos foi preso e apresentado a Rusticus,
prefeito de Roma, que chamou Justino à
frente e lhe disse diretamente–.
– Sobre
todas as coisas, vocês devem
ter fé nos
deuses e obedecer ao imperador.
– Não fizemos nada errado – afirmou Justino. – Não
podemos ser acusados ou condenados por obedecer aos mandamentos do Senhor
Jesus.
Então
Rusticus passou a questionar Justino sobre a filosofia do cristianismo e ao
final lhe disse, olhando–o
fixamente–.
– Você afirma conhecer a verdade. Então me responda: se eu ordenar seu
espancamento e execução, você crê
que vai para o céu?
– Creio que,
se suportar tudo, receberei essa promessa de Jesus. Sei que seu poder salvador
permanece com todo aquele que se mantém
fiel até o fim – Justino respondeu.
– Então você
acha que irá para o céu e que receberá ali alguma recompensa? –
Rusticus perguntou.
– Eu não acho,–
tenho certeza. Rusticus suspirou e disse:
– Então sua vida depende apenas do seguinte:
você deve dar
um passo à frente e
sacrificar aos deuses romanos.
Justino não se moveu e afirmou–.
–Ninguém com mente sã daria as costas ao Deus verdadeiro e
mostraria respeito por essas estátuas
de falsos deuses. Enraivecido, Rusticus declarou:
– Não há
opção. Ou você obedece ou será torturado e executado sem misericórdia.
– O senhor
fala de punição e morte
como se eu devesse ter medo, mas a verdade é
que isso é a minha
salvação – Justino respondeu – Quando me apresentar diante do
tribunal
de Cristo, e todos terão de fazê–lo
– até o senhor –, esta será minha certeza de entrada no céu: que eu não neguei Jesus, nem mesmo diante da
morte. Nesse momento os que estavam com Justino se pronunciaram:
– O senhor
pode fazer o que quiser conosco. Somos cristãos
e não
sacrificamos aos ídolos.
Ao ouvir isso, Rusticus se levantou
irado, querendo atacá–los
pessoalmente, mas se recompôs
e disse:
– Então está
decidido. O testemunho de vocês
os condena – E deu
ordem aos guardas, que imediatamente cercaram os cristãos:
– Todos
aqui que se negaram a obedecer à
ordem do imperador de sacrificar aos nossos deuses deverão ser açoitados
com cordas e decapitados de acordo com a lei.
A sentença
foi cumprida imediatamente.
São Aniceto – Roma-(166d.c)
Natural da Síria, era Aniceto o Sucessor de
São Pio I
na cadeira de São Pedro.
O governo deste Pontífice
coincide com o tempo do imperador romano Antônio. Não é certo se morreu mártir pela fé; é, porém, fora de dúvida, que tanto lhe foram os sofrimentos e aflições pela causa de Cristo que a
Igreja lhe conferiu o título
honroso de mártir.
Além das perseguições oficiais por parte do governo romano, existiam
perigosas heresias, que faziam periclitar a existência da Igreja. Embora fosse ela edificada sobre
rochedo, contra o qual o inferno em vão dirige os ataques, grande número dos fiéis abandonou a fé, correndo atrás do fogo fátuo de seitas errôneas. Grande foram os estragos
que o herege Valentim causou ao rebanho de Cristo.
São Sotero Se torna o 12º Papa da Igreja Católica(166-175d.c)
Policarpo-Esmirna – (166d.c)
Numa sexta-feira,
pela honra da ceia, guardas e cavaleiros, armados como de costume, tomaram
consigo o escravo e partiram, como se estivessem perseguindo um bandido.
Chegando pela noite, escontraram-o deitado num pequeno quarto do piso superior.
Ele podia ainda fugir daí para
outro lugar, mas não quis, e
disse: "Seja feita a vontade de Deus".
Ouvindo que tinham chegado, ele desceu e
conversou com eles, que ficaram espantados com a sua idade venerada, com a sua
calma, e com tanta preocupação por capturar um homem tão velho. Ele imediatamente
mandou que lhes dessem de comer e beber à vontade, e pediu que lhe concedessem uma hora para
rezar tranquilamente.
E lhe concederam. Então ele, de pé, começou a rezar, tão repleto da graça de Deus, que por duas horas
ninguém pôde interrompê-lo. Os que ouviam ficaram
espantados, e muitos se arrependeram de ter vindo prender um velho tão santo.
Quando por fim
terminou de rezar, lembrou-se de todos aqueles que tinha conhecido, pequenos e
grandes, ilustes e obscuros, e de toda a Igreja Católica espalhada por toda a
terra. Chegando a hora de partir, fizeram-no montar sobre um jumento e o
levaram para a cidade. Era o dia do grande sábado.
Quando Policarpo
entrou no estádio, veio
do céu uma
voz, dizendo: "Sê forte,
Policarpo! Sê
homem!" Ninguém viu
quem tinha falado, mas alguns dos nossos que estavam presentes ouviram a voz.
Finalmente o fizeram entrar e, quando souberam que Policarpo fora preso,
levantou-se grande tumulto.
Levado até o procônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo.
Respondeu que sim. E o procônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade",
e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e
dize: 'Abaixo os ateus!'" Policarpo, contudo, olhava severamente toda a
multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com
a mão
suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus!"
O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu
te liberto. Amaldiçoa o
Cristo!" Policarpo respondeu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como
poderia blasfemar o meu rei que me salvou?"
Ele continuava a
insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que
vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta
claramente: eu sou cristão. Se
queres aprender a doutrina doa cristianismo, concede-me um dia e escuta."
O procônsul
respondeu: "Convence o povo!"
Policarpo replicou:
"A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a
tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito
devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me
defender diante deles."
O procônsul disse: "Eu tenho
feras, e te entregarei a elas, se não mudares de idéia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de idéia, a fim de passar do melhor
para o pior; mas é bom
mudar, para passar do mal à justiça."
O procônsul insitiu: "Já que desprezas as feras, eu te
farei queimar no fogo, se não mudares de idéia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por
um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro
e do suplício
eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres."
Dizendo isso e
tantas outras coisas, ele permanecia cheio de força e alegria, e seu rosto estava repleto de graça. Ele não só não se deixou abater pelas ameaças que lhe eram dirigidas, mas
o próprio procônsul ficou estupefato e mandou
seu arauto ao meio do estádio, para
anunciar três vezes:
"Policarpo se declarou cristão!"
A essas palavras do
arauto, toda a multidão de pagão e judeus moradores de
Esmirna, com furor incontido, começou a gritar: "Eis o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nosso
deuses! É ele que
ensina muita gente a não
sacrificar e a não
adorar." Dizendo isso, gritavam e pediam aos asiarca Filipe que lançasse um leão contra Policarpo. Este
respondeu que não lhe era
lícito,
pois os combates de feras já haviam terminado.
Então unânimes se puseram a gritar que
Policarpo fosse queimado vivo. Devia cumprir a visão que lhe fora mostrada:
enquanto rezava, ele tinha visto o travesseiro pegando fogo, e dissera
profeticamente aos fiéis que
estavam com ele: "Devo ser queimado vivo."
Então as coisas caminharam
rapidamente, mais depressa do que dizê-las. Imediatamente a multidão começou a recolher lenha e feixes
tirados das oficinas e termas. Sobretudo os judeus se deram a isso com mais
zelo, segundo o costume deles.
Quando a pira ficou pronta, o próprio Policarpo se despiu,
desamarrou o cinto, e ele mesmo tirou o calçado. Ele nunca fizera isso antes, porque sempre cada
um dos fiéis se
apressava a ser o primeiro a tocar-lhe o corpo; mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado
pela sua santidade de vida.
Imediatamente
colocaram em torno dele o material preparado para a pira. Como queriam pregá-lo, ele disse: "Deixai-me
assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos."
Então não o pregaram, mas o amarraram.
com suas mãos
amarradas atrás das
costas, ele parecia um cordeiro escolhido de grande rebanho para o sacrifício, holocausto agradável preparado para Deus.
Erguendo os olhos ao céu, disse:
"Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus
Cristo, pelo qual recebemos o conhecimento do teu nome, Deus dos anjos, dos
poderes de toda criação, e de
toda geração de
justos que vivem na tua presença!
Eu te bendigo por me
teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a
ressurreição da
vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu
hoje ser admitido à tua
presença como
sacrifício gordo
e agradável, como
tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz.
Por isso e por todas
as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e
celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém.
Quando ele ergueu o
seu Amém e
terminou sua oração, os
homens da pira acenderam o fogo. Grande chama brilhou e nós vimos o prodígio, nós a quem foi dado ver e que
fomos preservados para anunciar estes acontecimentos a outros. O fogo fez uma
espécie de abóbada, como vela de navio
inflada pelo vento, e envolveu como parede o corpo do mártir. Ele estava no meio, não como carne que queima, mas
como pão que
assa, como ouro ou prata brilhando na fornalha. Sentimos então um perfume semelhante a
baforada de incenso ou outro aroma parecido.
Por fim, vendo que o
fogo não podia
consumir o seu corpo, os ímpios
ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso,
jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos.
Blandina
– França –(172 d.c)
(Torturada
e degolada)
Os carrascos
revezavam–se,
torturando aquela cristã desde
cedo até a noite.
Por fim, caíram
exaustos e disseram–, "Já fizemos de tudo com essa mulher
Não consigo
imaginar mais nenhum modo de fazê–la sofrer. Como é possível que ainda esteja viva? Tudo que fizemos hoje
deveria ser suficiente para tê–la matado. E, apesar de termos experimentado de tudo,
ela ainda vive".
Blandina, como
muitos mártires,
temia não
aguentar o sofrimento e negar a Jesus.
Todavia, permaneceu
firme durante seu tormento, estava tão cheia do poder de Deus que seus torturadores ficaram
exaustos e cansados, mas ela não. A todo o instante confessava "Sou cristã", e isso lhe dava forças para suportar a dor.
Depois da sessão de tortura, foi levada de
volta ao cárcere
para esperar o dia em que compareceria diante da multidão, no estádio, juntamente com outros
cristãos. Lá, ela foi espancada e cozida
sobre uma grande placa de metal quente. Então, a amarraram em uma rede e a jogaram diante de
touros que a lançaram
muitas vezes ao ar com seus chifres.
Mesmo assim ela
permaneceu viva!
Por fim, um juiz
ordenou que fosse morta pela espada.
São Sotero – Roma – (175d.c)
À
medida que iam sendo trucidadas as ovelhas
pela ira mortal contra os cristãos, percebeu o Sumo Pontífice que o cerco se fechava cada vez mais e que inevitavelmente tombaria
em breve também o
pastor. E assim foi. Pela sua
carreira de santidade e pureza,
firmeza e empenho resoluto, recebeu a coroa dos mártires no dia 22 de abril, sendo porém, ignorado o gênero de martírio.
Foi enterrado em Roma, onde seu corpo descansou até o século
IX, durante o pontificado do Papa Sérgio
II, que determinou que suas relíquias fossem trasladadas para o cemitério
de Calixto, anexo à Igreja de Equício,
junto aos restos mortais de São
Silvestre e São
Martinho. Parte de suas relíquias
foram enviadas para a Igreja de Toledo e outras para Munique, onde
são
profundamente veneradas e festejadas por ocasião
da sua festa.
São
Sotero soma-se, desde São Pedro,
como o 12º Papa da
Igreja a ser martirizado. Todos os seus
predecessores deram a vida em defesa da fé.
Mesmo enfrentando as constantes e cruéis
perseguições, não se curvou ao ver os cristãos
de Roma, sendo trucidados aos montes.
Animado, consolava e encorajava
os cristãos nas
suas tribulações. Em grande número, aguardavam confiantes a iminente possibilidade do martírio.
Colocando-se na condição de Cristo, portavam-se como ovelhas destinadas ao
matadouro. Um grande número derramou seu sangue nas mais bárbaras
circunstâncias,
para receberem a glória na
eternidade.
São Eleutério se torna o 13º Papa Da igreja Católica (175-189d.c)
Imperador Romano: Cômodo(180-192d.c)
São Eleutério – Roma- (189d.c)
Alguns
decretos canônicos que
firmou em seu pontificado, foi que nenhum sacerdote fosse sumariamente
deposto, sem que primeiro fosse
legitimamente comprovada a existência de delito grave,
e que nenhum ausente fosse condenado
antes de ser ouvido. Procedeu, por três vezes, ordenações no mês de dezembro, e
nessas vezes ordenou oito diáconos, doze presbíteros e quinze bispos.
Governou com sabedoria o rebanho de Cristo
e, pela sua firmeza de caráter
e energia contra as chamas do erro, acabou sendo martirizado no governo do
imperador Cômodo.
Não há, porém, detalhes precisos que especifiquem o tipo de
martírio com que glorificou
a Deus.
São Vitor I se torna o
14º Papa Da Igreja Católica
(189-199d.c)
Imperador Romano: Sétimo Severo- (193-211)
5º Grande Perseguição aos Cristãos
assinou um decreto que
atingia tanto os judeus como os cristãos;
estes últimos
surpreendiam o Imperador por crescerem numericamente nas camadas elevadas da
sociedade. Proibiu, pois, as conversões
ao Cristianismo; os magistrados não
deveriam esperar denúncias,
mas haveriam de procurar os
cristãos. Assim catecúmenos e neófitos (cristãos recém-batizados) foram
violentamente golpeados, especialmente no Norte da África, onde existiam em
maior número.
*Frase que marcou seu
império : “Enriquecei os soldados
e zombai do resto”
São Vitor I –Roma-(199d.c)
O Papa Vitor I permaneceu cerca de dez
anos como Bispo de Roma, mas sua atuação
foi muito marcante para a história
da Igreja Católica. As
medidas que tomou na liderança
da instituição
religiosa marcam profundamente o culto católico
atual. À exceção do idioma no qual as missas são celebradas, muitos dos costumes
cristãos que
marcam a sociedade ocidental são
provenientes de sua época. Ainda
que tenha sido marcante no sentido litúrgico
e que sua época já apresentasse melhoras para a vida
cotidiana dos fieis, o Papa Vitor I foi, provavelmente, vítima da chamada quinta perseguição, promovida pelo imperador romano Sétimo Severo, que era pagão. Acredita-se que Vitor I tenha sido
martirizado nesse contexto e sua vida tenha se encerrado aos 44 anos de idade
no ano 199.
Aproximadamente por 40 anos não houve grandes perseguições aos Cristãos
São
Zeferino se torna o 15º Papa da
Igreja católica(199-
217)
Imperador Romano :
Caracala ( 212-217)
*Não houve perseguição contra os Cristão.
Papa Zeferino – Roma – (217 d.c)
Natural de Roma, foi eleito em 199. O
seu pontificado se caracterizou por duras lutas teológicas que levaram, por exemplo à excomunhão de Tertuliano. Assim como, durante
seu pontificado a heresia patripasiana da negação
da Santíssima
Trindade, incutida por Praxeas, reergueu-se furiosamente e, por isso, foi
duramente combatida pelo Papa . Seu crítico,
São Hipólito, o descreveu como um homem
simples, sem educação e
dominado pelo seu assessor, Calisto.
Zeferino foi o primeiro Pontífice que desejou criar uma catacumba
na Via Ápia, cujos
cuidados foram por ele confiados ao diácono
Calisto (e, por isso, chamada de catacumba de Calisto).
Zeferino estabeleceu que os fiéis católicos,
depois dos 14 anos, comungassem, pelo menos na ocasião da Festa da Páscoa. Determinou o uso da patena e dos
cálices
sagrados, até então confeccionados em madeira, que
deveriam ser feitos ao menos de vidro2 .
Foi martirizado em 20 de dezembro de
217, sendo venerado como santo no dia 26 de agosto.
Imperador Romano : macrino(217)
São
Calisto se torna o 16º Papa da
Igreja católica(217-
222)
Imperador Romano: Heliogábalo
(218 – 222)
Imperador Romano: Alexandre Severo (223 – 235)
*Característica do governo dos
Severos :
·
Imperador
era uma figura sagrada e autoritária
·
Declínio dos poderes do
Senado
·
Produção diminui, os preços sobem e a moeda
perde o valor
·
A
expansão do cristianismo,
apesar das perseguições,
principalmente na Alexandria.
A Crise de Roma (235 – 268 d.c)
Nesse período
de 33 anos, reinaram 21 imperadores.
O exercito proclamava o imperador, e por qualquer motivo
também o
assassinava dando poder a outro.