O contexto europeu pós-primeira
guerra
Findada a Primeira Guerra Mundial, a
Alemanha se encontrava em situação desoladora. A produção estava paralisada, os
ânimos dos operários agitados, as cidades ocupadas e o exército em retirada. O
mapa da Europa havia sido redefinido com a criação dos países bálticos e a
Alemanha havia perdido território e população. Ao fim, foram os alemães os
grandes culpados pela guerra, de acordo com os líderes das potências
vencedoras. A punição considerada exagerada foi o motor do ressentimento alemão
que tomaria contornos perturbadores na Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, o
exemplo russo de uma revolução popular assustava as classes dominantes de
outros países. Além disso, a Primeira Guerra não resolveu os problemas que a
levaram a ser travada e apesar do aparente clima de paz instalado desde a
assinatura do Tratado de Versalhes em 1919, o Velho Continente estava repleto
de tensões e contradições que não demorariam a emergir.
A ascensão dos regimes
totalitários na Europa: Fascismo e Nazismo
Em 1933, Hitler chegou ao poder em uma
Alemanha enfraquecida pela Primeira Guerra. Com um programa de reconstrução
nacional baseado no desenvolvimento da indústria bélica, Hitler declarou
publicamente o rearmamento, contrariando o Tratado de Versalhes. Na Itália do
ditador fascista Benito Mussolini, algo parecido acontecia, resultando em um
pacto entre as duas nações em 1936. Ambos os países foram tomados pelo
totalitarismo, sendo essa uma forma de governo, uma estrutura de poder sem
espaço para a democracia e direitos individuais. Para tanto, organiza
burocraticamente as massas, usa violência desumana, censura e propagandeia a
ideia de superioridade racial. Analisando o totalitarismo, duas coisas não
podem ser esquecidas: o peso do antissemitismo político e o imperialismo dos
estados-nação. Assim, o totalitarismo é produto de um contexto que proporcionou
o surgimento de modelos de dominação baseados no preconceito étnico e de
classe.
As fases da guerra
A Segunda Guerra Mundial teve três fases.
A primeira, de 1939 a 1941, foi marcada pela Guerra Relâmpago (Blitzkrieg) e
pelas vitórias do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). A Alemanha apostou em
ataques rápidos e inesperados, o que levou à conquista de quase toda a Europa.
A segunda fase do conflito durou de 1941 a 1943 e se caracterizou pela
mundialização da guerra, com a entrada da URSS e dos EUA no conflito, e o
equilíbrio entre as forças beligerantes. A terceira fase se deu de 1943 e 1945,
e foi dominada pelas vitórias dos Aliados (URSS, USA, Império Britânico e
China). Em fevereiro de 1943, os alemães renderam-se em Stalingrado e em julho
tropas aliadas desembarcavam na Sicília. Em junho de 1944, os aliados chegavam
à Normandia, marcando o início da libertação da França, que ficou conhecido
como Dia D. Em trinta de abril de 1945 os soviéticos chegavam à Berlim e a
Alemanha rendeu-se poucas semanas depois.
Entrada dos EUA na guerra,
participação brasileira e derrota nazista
O ataque à Pearl Habor em dezembro de 1941 fez os EUA reverem sua
neutralidade e declararem guerra às potências do Eixo. Sua entrada no conflito,
com tropas descansadas, novas técnicas e arsenal pesado, acarretaria grandes
mudanças. Fato é que, durante todo o período de guerra, os EUA investiram na
divulgação de uma imagem agradável, inclusive no Brasil. Contudo, o Brasil,
governado por um ditador simpático às ideias fascistas, relutou em entrar na
guerra ao lado dos Aliados. Porém, após o bombardeio de algumas embarcações
brasileiras por submarinos alemães e a oferta de ajuda econômica dos EUA, o
Brasil também entrou no conflito. Em julho de 1944, cerca de 25 mil soldados da
Força Expedicionária Brasileira foram enviados à Itália. Nesse tempo, o
Exército Vermelho da URSS já havia barrado o avanço alemão em solo russo na
Batalha de Stalingrado, em janeiro de 1943. Seriam também eles os responsáveis
pela tomada de Berlim, em abril de 1945.
Corrida para a vitória.
Tendo o Exército vermelho barrado o avanço
do exército de Hitler e começado a avançar até Berlim, e os EUA transpassado a
defesas dele na praia de Normandia, começou uma nova corrida, a corrida para a
vitória, pois mesmo sendo aliados, eram simplesmente pois tinham o mesmo
inimigos, porem ainda assim havia a grande disputa entre as ideologias de
governo, disputa entre o socialismo e o capitalismo, então a URSS e os EUA
entenderam que seria uma grande propaganda para divulgar a sua forma de
governo, chegar e vencer o exercito de Hitler em Berlim. Então URSS chega a Berlim e consegue a vitória. Os
cidadãos da Alemanha, por confiar no discurso de Hitler, ainda pensavam que
estavam prestes a vencer a guerra até que a URSS chegou e surpreendeu a todos.
Mundo pós-guerra: Plano Marshall
e Colombo, consequências da guerra
Com o fim da guerra, era necessário que as
potências vencedoras decidissem sobre a divisão do mapa político da Europa e a
punição aos culpados. Logo nas primeiras reuniões ficou claro o clima de tensão
entre EUA e URSS. Em meio aos debates, foi criada a Organização das Nações
Unidas - ONU. O objetivo da organização internacional era trabalhar pela paz,
tendo como nação mais poderosa e influente os EUA.
De maneira geral, o final da
guerra selou o fim da hegemonia europeia e o início da Guerra Fria. É neste
contexto de disputa por zonas de influência no globo que podemos compreender os
planos estadunidenses Marshall e Colombo. O primeiro era um programa de
reconstrução da Europa, enquanto o segundo era uma tentativa de reestruturar o
sudeste asiático. Entretanto, tendo em vista as pretensões imperialistas dos
estadunidenses, o montante de dinheiro destinado ao Plano Colombo foi muito
menor do que aquele investido no Plano Marshall.
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