quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A história da Igreja - Mártires do séc II

Tito Creta (105 d.c)
 (Morte natural)

Tito permaneceu como bispo de Creta até sua morte, que ocorreu em idade avançada, por causa natural e não por martírio, em Creta no ano 105 depois de Cristo. Ele teria conservado a virgindade até a morte.

Santo Evaristo Roma 106 d.c
Não se sabe o certo sobre a morte desse santo


Santo Alexandre I se torna o 6º Papa da igreja Católica(106-116 d.c)

Inácio – Bispo de Antioquia – (107~111 d.c)
(frases Importantes)
Carta de Inácio a Roma. 

 ¹Perdoai-me. Eu sei o que me convém. Agora estou começando a ser discípulo. Que nenhuma coisa visível ou invisível tenha ciúme de que eu alcance a Jesus Cristo. Fogo, cruz e manadas de feras, dispersão de ossos, destroçamento de membros, trituração do corpo todo e tormentos do diabo venham sobre mim, contanto somente que eu alcance a Jesus Cristo."

²'sou trigo de Deus e pelos dentes das feras sou moído para ser encontrado como pão puro.' (Referencia a santa Eucaristia)

(Devorado por leões)

O imperador Trajano promulgara um edito afirmando que todos os cidadãos do Império Romano seriam obrigados a fazer sacrifícios aos deuses de Roma ou enfrentariam sérias consequências.
De forma geral, Trajano obtivera bastante sucesso, exceto com a seita dos cristãos, cujos seguidores sempre se recusavam a obedecerlhe. Quando chegou a Antioquia, decidiu julgar Inácio publicamente como forma de inibir outros cristãos que também se negavam a sacrificar aos deuses romanos. Inácio era o líder da igreja de Antioquia e um cristão de renome, principalmente depois da morte de João, ocorrida poucos anos antes.
Trajano olhou para Inácio com desprezo e disse:
Quem é você, verme miserável, que desafia e ignora minhas ordens e ainda convence outros a fazer o mesmo, apesar de saber que trará sobre si uma dolorosa morte?
Com tranquilidade, porém firme, Inácio se defendeu diante do imperador e de toda a multidão, dizendo que continuaria a desobedecer à ordem real, e incentivaria outros a fazerem o mesmo, porque "Jesus Cristo é o único Deus verdadeiro".
Trajano questionou Inácio sobre Jesus, perguntandolhe se aquele de quem falava
era o indivíduo que fora crucificado por Pôncio Pilatos. Inácio respondeu:
Sim, e ele mora em meu coração. Surpreso, o imperador perguntou.
Então você diz que carrega um homem crucificado dentro de você?
Certamente Inácio respondeu Pois está escrito: "Eu habitarei neles e neles andarei". Ao ouvir isso, Trajano resolveu pronunciar a sentença, "Vejo que este homem
está incuravelmente envolvido pela superstição dos cristãos. Portanto, ordeno que Inácio, que afirma carregar em si aquele que foi crucificado, seja levado por soldados a Roma, onde será devorado por animais selvagens para entreter o povo".
Para a surpresa de Trajano, a condenação a uma dolorosa morte não abateu Inácio, que olhou para o céu e disse. "AgradeçoTe, Senhor, por terme dado a honra de mostrar a Ti todo o meu amor, e por permitires que ficasse acorrentado assim como foi com o apóstolo Paulo".
Nos meses que se seguiram, Inácio foi escoltado até Roma por dez soldados, onde foi novamente preso, julgado e submetido a terrível torturas para que blasfemasse contra o nome de Jesus e sacrificasse aos deuses de Roma. Entretanto, Inácio, ao contrário de ter sua fé abalada, se fortalecia ainda mais no Senhor.
Por fim, foi levado diante do Senado, que o condenou imediatamente a ser jogado aos leões. Ao ser lançado na arena antes do ataque das feras, Inácio olhou para a multidão e proclamou seu amor a Jesus dizendo aos presentes que seu único crime era amar a Deus e não se curvar diante dos ídolos de Roma.
Assim que acabou de falar, dois leões foram soltos e atacaram o bispo de
Antioquia. Tão brutal foi o ataque dos animais que, em poucos minutos, não havia vestígios de seu corpo nem sequer dos ossos. Ele foi espedaçado, mas a luz do seu exemplo brilha através dos séculos.


Santo Alexandre – Roma- (116 d.c)
 (Torturado com Lanças)

  Não abrandou-se, porém,  o coração duro e  rebelde do tirano, que mandou degolar Evêncio e Teódulo. Com umas setas de aço muito agudas,  mandou que fossem atravessados todos os  membros do corpo de Alexandre, para que morresse mais cruelmente, sendo degolado no dia 03 de maio de 116.

São sisto I Se torna o 7 º Papa da Igreja católica(116-125 d.c)

Imperador Romano: Adriano (117-138 d.c)
4º Grande Perseguição aos Cristãos

*Propagou o paganismo na terra santa
*3º Grande perseguição aos cristãos
*Foi ele que construiu seu tumulo que futuramente se tornaria o castelo de santa Ângelo perto de vaticano.
* Foi para terra santa por causa da rebelião dos judeus onde mais uma vez foram todos expulsos e proibiu que os israelenses colocassem os pés em Israel .
Destruiu templos judaicos e lugares sagrado  dos cristãos, como tumulo de Jesus e construiu altares de  outros deuses para que fosse adorado. Mais tarde(~ sec. IV) santa Helena (Mãe de Constantino) só conseguiu localizar os lugares sagrados graças a esses templos, pois tinham preservado a localização deles, então ela destruiu os templos pagãos e construiu por exemplo:Basílica da Natividade(Belém).






São sisto I Roma (125 d.c)
 (Torturado)

Não se sabe ao certo como teria sido martirizado, mas tudo diz que seria espancado e torturado pelos soldados romanos

São Telesforo Se torna o 8º Papa Da Igreja católica (125~126 -136)

São Telesforo- Roma-(136d.c)

Apesar de um papado em relativa paz com os imperadores, o período de 11 anos de Telésforo como líder da Igreja Católica terminou de modo trágico, como era comum na época. Fontes da época indicam que o Papa Telésforo morreu martirizado no ano 136. Ele foi sepultado junto ao túmulo de São Pedro, considerado o primeiro papa. Foi santificado mais tarde e é venerado na Igreja Católica Apostólica Romana e na Igreja Ortodoxa Grega. Seu sucessor foi o Papa Higino.

Imperador Romano: Antonino Pio (138-161)


São Higino se torna o 9º Papa Da Igreja Católica (138-140 d.c)

São Higino Roma- (140d.c)

O Papa Higino combateu um movimento gnóstico  que enfrentou Roma. O gnosticismo foi considerado uma heresia por misturar doutrinas e práticas religiosas com filosofia e mistérios. Os gnósticos acreditavam que havia uma fé comum para os incultos e uma ciência reservada aos doutores. O gnosticismo foi uma das heresias identificadas e condenadas pelo Papa Higino, que excomungou seus principais líderes.

Não há certeza sobre a causa da morte do Papa Higino, mas era muito comum naquele momento, em função da perseguição sofrida pelos cristãos, o martírio dos papas.
O certo é que seu pontificado durou quatro anos e que Higino faleceu aos 50 anos de idade, no ano 140. Ele foi enterrado próximo à tumba de São Pedro. Seu sucessor foi o Papa Pio I.

São Pio I se torna o 10º Papa da Igreja Católica (140-154 D.C)

Ptolomeu e Lucius Roma (150D.C)

Os guardas levaram Ptolomeu diante de Urbicus, o prefeito da cidade, pois tinha sido acusado de ser cristão. Seu acusador era um homem cuja esposa se convertera por causa da mensagem pregada por Ptolomeu e que agora já não mais se conformava com o estilo de vida de seu marido. Como o homem não podia torturar a esposa cristã e matá–la,
decidiu fazer com que seu "mestre na fé" sofresse.
Urbicus olhou para o velho Ptolomeu e disse:
Só tenho uma pergunta a fazer: Você é cristão?
Ptolomeu, conhecido por amar a verdade, simplesmente respondeu:
Sim.
Guardas ordenou o governante , levemno daqui e matemno! Todavia um homem chamado Lucius, que estava na multidão, apresentouse e disse:
Excelência, qual é a acusação? Esse homem não é um criminoso! Não é
adúltero, nem assassino, nem ladrão. Ele não violou nenhuma lei. Apenas afirmou ser cristão. Decretar sentença de morte a alguém que declara algo tão digno não trará nenhuma honra ao prefeito, ao imperador ou ao Senado romano. Urbicus olhou para Lucius e declarou:
Pareceme que você também é cristão. Ele simplesmente respondeu:
Sim.
–Ótimo! Assim esse velho não morrerá sozinho. Guardas, levem este homem também!
Urbicus esperava que Lucius tentasse fugir, mas ele se curvou em respeito e disse:
Meu senhor, eu lhe agradeço. Não mais terei de viver em meio a governantes tão injustos e maus. Alegremente irei morar com o Pai no reino dos céus.
Quando Lucius terminou de falar, outro homem da multidão também se apresentou declarandose cristão para receber a punição juntamente com seus irmãos e, principalmente, para desfrutar a recompensa com eles.

São Pio I Roma (154 d.c)

 O seu pontificado foi marcado por questões envolvendo judeus convertidos e com heresiarcas como os gnósticos Valentim, Cerdão e Marcião, criador dos marcionismo. Procurou o diálogo com os filósofos e estudiosos heresiarcas gregos e egípcios que possuíam versões mais espiritualizadas dos evangelhos sagrados (como o Evangelho de Marcião). Foi, provavelmente, martirizado em Roma e foi sucedido por São Aniceto.

São Aniceto se torna o 11º Papa da Igreja Católica
 (154-166 d.c)



Felicitas e seus sete filhos – Roma –(161D.C)

O imperador Antônino foi informado de que uma mulher e seus sete filhos se recusavam a adorar os deuses e ainda espalhavam a mensagem do amor de Cristo por toda a cidade de Roma. Publius, prefeito de Roma, foi encarregado de interrogar Felicitas e seus filhos.
Como ela tinha boa reputação entre o povo, Publius começou o interrogatório de forma branda, fazendolhe promessas se ela tãosomente negasse a Cristo. Como Felicitas se mostrou irredutível, Publius passou a gritar, ameaçandoa de torturas severas.
Felicitas respondeu:
O senhor não me convencerá com promessas nem com ameaças. Tenho
experimentado em meu coração o trabalho do Espírito Santo que me dá poder e me prepare para as terríveis torturas, de forma que eu possa suportar tudo o que me fizer e ainda permanecer firme na confissão de minha fé.
No dia seguinte, diante do tribunal, Publius declarou:
Muito bem, Felicitas. Se você quer morrer, que morra sozinha, mas tenha compaixão de seus filhos e aconselheos a salvar a vida, sacrificando aos deuses.
Ela disse,
Sua compaixão é pura maldade e seu conselho é pura crueldade, pois, se meus filhos sacrificarem aos deuses, entregarão a vida aos demônios do inferno, que são seus deuses! Eles ficariam acorrentados na escuridão e no fogo eterno.
Então, voltandose aos filhos, disse:
Fiquem firmes na fé e na sua confissão. Jesus e os seus santos os aguardam no céu. Portanto, lutem bravamente por sua alma e mostrem sua fidelidade ao amor de Cristo.
Mulher o prefeito gritou , como você encoraja seus filhos a desafiar os mandamentos do imperador na minha presença? Não seria melhor que os aconselhasse a ser obedientes em vez de rebeldes?
No entanto Felicitas sabia o que estava dizendo e que tipo de morte horrível sua ousadia provocaria. Publius ainda interrogou Felicitas e cada um de seus filhos em particular, fazendolhes promessas e ameaças, mas nenhum deles negou Jesus. Frustrado por não conseguir o que queria, Publius enviou uma nota ao imperador dizendo que os oito continuavam obstinados em sua fé em Jesus. O imperador, então, sentenciou todos à morte. Felicitas morreria por último, após presenciar a tortura e a morte de cada um de seus filhos.
Nos quatro meses seguintes, as sentenças foram executadas. Januarius, o mais velho, foi açoitado na frente dos outros. Na ponta do chicote, havia uma pequena bola que dilacerou quase todo o seu corpo, até que ele já não se movia mais. Felix e Felipus foram os próximos. Os soldados espancaramnos com paus até a morte. Silvanus foi jogado de
uma grande altura. Os três mais novos, Alexandre, Vitalus e Martialis, foram trazidos um a um diante de sua mãe e decapitados. Por fim, em meio a lágrimas, depois de presenciar a morte de seus filhos, Felicitas, já ansiosa para se apresentar diante de Cristo com seus
filhos, foi decapitada com uma espada.

Imperador Romano Marco Aurélio- (161-180d.c)
5º Grande Perseguição aos Cristãos
*desencadeou outra perseguição, em parte devida à insatisfação do povo, que acusava os cristãos de responsáveis por calamidades que afligiam a sociedade.


Senador Apolônio (Apologista)- Roma (161 d.c)


Apolônio um romano ilustre e até mesmo um senador, e um homem excepcionalmente talentoso, versado em filosofia. Ele foi denunciado como cristão ao prefeito pretoriano Perennius. Convocado a se defender, ele leu ao Senado - segundo São Jerônimo - "um admirável volume" em que, ao invés de negar, ele defendeu sua fé cristã. Como resultado, ele foi condenado à morte com base na lei outorgada pelo imperador Trajano.

dizem que ele foi submetido à duas investigações, a primeira pelo prefeito Perennius, a segunda, três dias depois, por um grupo de senadores e juristas. As audições foram conduzidas com calma e de maneira cortês. Foi permitido que Apolônio falasse, com raras interrupções cujo objetivo era fazer com que ele diminuísse o tom de suas afirmações e que o faziam parecer cada vez mais passível de punição  .

Apolônio não estava com medo de morrer, pois, disse ele: "Há algo melhor esperando por mim: vida eterna, dada à quem viveu bem na terra". E ele argumentava em favor da superioridade dos conceitos de vida e morte do Cristianismo .

As fontes discordam sobre como ele morreu. Passio afirma que ele morreu após ter suas pernas esmagadas, uma punição também infligida sobre o escravo que denunciou. Na versão armênia, ele foi decapitado

Justino (Apologista) e outros – Roma – (165~167d.c)

Um grupo de cristãos foi preso e apresentado a Rusticus, prefeito de Roma, que chamou Justino à frente e lhe disse diretamente.
Sobre todas as coisas, vocês devem ter fé nos deuses e obedecer ao imperador.
Não fizemos nada errado afirmou Justino. Não podemos ser acusados ou condenados por obedecer aos mandamentos do Senhor Jesus.
Então Rusticus passou a questionar Justino sobre a filosofia do cristianismo e ao final lhe disse, olhandoo fixamente.
Você afirma conhecer a verdade. Então me responda: se eu ordenar seu espancamento e execução, você crê que vai para o céu?
Creio que, se suportar tudo, receberei essa promessa de Jesus. Sei que seu poder salvador permanece com todo aquele que se mantém fiel até o fim Justino respondeu.
Então você acha que irá para o céu e que receberá ali alguma recompensa?
Rusticus perguntou.
Eu não acho, tenho certeza. Rusticus suspirou e disse:
Então sua vida depende apenas do seguinte: você deve dar um passo à frente e sacrificar aos deuses romanos.
Justino não se moveu e afirmou.
Ninguém com mente sã daria as costas ao Deus verdadeiro e mostraria respeito por essas estátuas de falsos deuses. Enraivecido, Rusticus declarou:
Não há opção. Ou você obedece ou será torturado e executado sem misericórdia.
O senhor fala de punição e morte como se eu devesse ter medo, mas a verdade é que isso é a minha salvação Justino respondeu Quando me apresentar diante do tribunal
de Cristo, e todos terão de fazê–lo até o senhor , esta será minha certeza de entrada no céu: que eu não neguei Jesus, nem mesmo diante da morte. Nesse momento os que estavam com Justino se pronunciaram:
O senhor pode fazer o que quiser conosco. Somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos.
Ao ouvir isso, Rusticus se levantou irado, querendo atacá–los pessoalmente, mas se recompôs e disse:
Então está decidido. O testemunho de vocês os condena E deu ordem aos guardas, que imediatamente cercaram os cristãos:
Todos aqui que se negaram a obedecer à ordem do imperador de sacrificar aos nossos deuses deverão ser açoitados com cordas e decapitados de acordo com a lei.
A sentença foi cumprida imediatamente.

São Aniceto Roma-(166d.c)

Natural da Síria, era Aniceto o Sucessor de São Pio I na cadeira de São Pedro. O governo deste Pontífice coincide com o tempo do imperador romano Antônio. Não é certo se morreu mártir pela fé; é, porém, fora de dúvida, que tanto lhe foram os sofrimentos e aflições pela causa de Cristo que a Igreja lhe conferiu o título honroso de mártir.
 Além das perseguições oficiais por parte do governo romano, existiam perigosas heresias, que faziam periclitar a existência da Igreja. Embora fosse ela edificada sobre rochedo, contra o qual o inferno em vão dirige os ataques, grande número dos fiéis abandonou a fé, correndo atrás do fogo fátuo de seitas errôneas. Grande foram os estragos que o herege Valentim causou ao rebanho de Cristo.

São Sotero Se torna o 12º Papa da Igreja Católica(166-175d.c)

 Policarpo-Esmirna (166d.c)

Numa sexta-feira, pela honra da ceia, guardas e cavaleiros, armados como de costume, tomaram consigo o escravo e partiram, como se estivessem perseguindo um bandido. Chegando pela noite, escontraram-o deitado num pequeno quarto do piso superior. Ele podia ainda fugir daí para outro lugar, mas não quis, e disse: "Seja feita a vontade de Deus".

 Ouvindo que tinham chegado, ele desceu e conversou com eles, que ficaram espantados com a sua idade venerada, com a sua calma, e com tanta preocupação por capturar um homem tão velho. Ele imediatamente mandou que lhes dessem de comer e beber à vontade, e pediu que lhe concedessem uma hora para rezar tranquilamente.

 E lhe concederam. Então ele, de pé, começou a rezar, tão repleto da graça de Deus, que por duas horas ninguém pôde interrompê-lo. Os que ouviam ficaram espantados, e muitos se arrependeram de ter vindo prender um velho tão santo.
Quando por fim terminou de rezar, lembrou-se de todos aqueles que tinha conhecido, pequenos e grandes, ilustes e obscuros, e de toda a Igreja Católica espalhada por toda a terra. Chegando a hora de partir, fizeram-no montar sobre um jumento e o levaram para a cidade. Era o dia do grande sábado.

Quando Policarpo entrou no estádio, veio do céu uma voz, dizendo: "Sê forte, Policarpo! Sê homem!" Ninguém viu quem tinha falado, mas alguns dos nossos que estavam presentes ouviram a voz. Finalmente o fizeram entrar e, quando souberam que Policarpo fora preso, levantou-se grande tumulto.

 Levado até o procônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo. Respondeu que sim. E o procônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade", e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e dize: 'Abaixo os ateus!'" Policarpo, contudo, olhava severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com a mão suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus!"

O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu te liberto. Amaldiçoa o Cristo!" Policarpo respondeu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?"

Ele continuava a insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina doa cristianismo, concede-me um dia e escuta." O procônsul respondeu: "Convence o povo!"

Policarpo replicou: "A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles."
O procônsul disse: "Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de idéia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de idéia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça."
O procônsul insitiu: "Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de idéia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres."
Dizendo isso e tantas outras coisas, ele permanecia cheio de força e alegria, e seu rosto estava repleto de graça. Ele não só não se deixou abater pelas ameaças que lhe eram dirigidas, mas o próprio procônsul ficou estupefato e mandou seu arauto ao meio do estádio, para anunciar três vezes: "Policarpo se declarou cristão!"
A essas palavras do arauto, toda a multidão de pagão e judeus moradores de Esmirna, com furor incontido, começou a gritar: "Eis o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nosso deuses! É ele que ensina muita gente a não sacrificar e a não adorar." Dizendo isso, gritavam e pediam aos asiarca Filipe que lançasse um leão contra Policarpo. Este respondeu que não lhe era lícito, pois os combates de feras já haviam terminado.
Então unânimes se puseram a gritar que Policarpo fosse queimado vivo. Devia cumprir a visão que lhe fora mostrada: enquanto rezava, ele tinha visto o travesseiro pegando fogo, e dissera profeticamente aos fiéis que estavam com ele: "Devo ser queimado vivo."
Então as coisas caminharam rapidamente, mais depressa do que dizê-las. Imediatamente a multidão começou a recolher lenha e feixes tirados das oficinas e termas. Sobretudo os judeus se deram a isso com mais zelo, segundo o costume deles.
 Quando a pira ficou pronta, o próprio Policarpo se despiu, desamarrou o cinto, e ele mesmo tirou o calçado. Ele nunca fizera isso antes, porque sempre cada um dos fiéis se apressava a ser o primeiro a tocar-lhe o corpo; mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado pela sua santidade de vida.
Imediatamente colocaram em torno dele o material preparado para a pira. Como queriam pregá-lo, ele disse: "Deixai-me assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos."
Então não o pregaram, mas o amarraram. com suas mãos amarradas atrás das costas, ele parecia um cordeiro escolhido de grande rebanho para o sacrifício, holocausto agradável preparado para Deus. Erguendo os olhos ao céu, disse: "Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus Cristo, pelo qual recebemos o conhecimento do teu nome, Deus dos anjos, dos poderes de toda criação, e de toda geração de justos que vivem na tua presença!
Eu te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu hoje ser admitido à tua presença como sacrifício gordo e agradável, como tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz.
Por isso e por todas as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém.
Quando ele ergueu o seu Amém e terminou sua oração, os homens da pira acenderam o fogo. Grande chama brilhou e nós vimos o prodígio, nós a quem foi dado ver e que fomos preservados para anunciar estes acontecimentos a outros. O fogo fez uma espécie de abóbada, como vela de navio inflada pelo vento, e envolveu como parede o corpo do mártir. Ele estava no meio, não como carne que queima, mas como pão que assa, como ouro ou prata brilhando na fornalha. Sentimos então um perfume semelhante a baforada de incenso ou outro aroma parecido.
Por fim, vendo que o fogo não podia consumir o seu corpo, os ímpios ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso, jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos.

Blandina – França –(172 d.c)

(Torturada e degolada)

Os carrascos revezavamse, torturando aquela cristã desde cedo até a noite. Por fim, caíram exaustos e disseram, "Já fizemos de tudo com essa mulher Não consigo imaginar mais nenhum modo de fazê–la sofrer. Como é possível que ainda esteja viva? Tudo que fizemos hoje deveria ser suficiente para tê–la matado. E, apesar de termos experimentado de tudo, ela ainda vive".
Blandina, como muitos mártires, temia não aguentar o sofrimento e negar a Jesus.
Todavia, permaneceu firme durante seu tormento, estava tão cheia do poder de Deus que seus torturadores ficaram exaustos e cansados, mas ela não. A todo o instante confessava "Sou cristã", e isso lhe dava forças para suportar a dor.
Depois da sessão de tortura, foi levada de volta ao cárcere para esperar o dia em que compareceria diante da multidão, no estádio, juntamente com outros cristãos. Lá, ela foi espancada e cozida sobre uma grande placa de metal quente. Então, a amarraram em uma rede e a jogaram diante de touros que a lançaram muitas vezes ao ar com seus chifres.
Mesmo assim ela permaneceu viva!
Por fim, um juiz ordenou que fosse morta pela espada.

São Sotero Roma (175d.c)

À medida  que  iam sendo trucidadas  as ovelhas  pela ira mortal contra os cristãos,  percebeu o Sumo Pontífice que  o cerco se fechava  cada vez mais e que inevitavelmente tombaria em breve também o pastor. E assim foi.  Pela  sua  carreira  de santidade e  pureza,  firmeza  e  empenho resoluto,   recebeu a coroa dos mártires no dia 22 de abril, sendo porém, ignorado o gênero de martírio.  Foi  enterrado em Roma,  onde seu corpo descansou até o século IX, durante o pontificado do Papa Sérgio II, que determinou que suas relíquias  fossem trasladadas  para o cemitério de Calixto,  anexo à Igreja de Equício,  junto aos restos mortais de São Silvestre e São Martinho.  Parte de suas relíquias  foram enviadas  para a  Igreja de Toledo e outras para Munique, onde são profundamente veneradas e festejadas por ocasião da sua festa.

São Sotero soma-se, desde São Pedro, como o 12º Papa da Igreja a ser martirizado.  Todos os seus predecessores deram a vida em defesa da fé. Mesmo enfrentando as constantes e cruéis perseguições, não se curvou  ao ver os cristãos de Roma, sendo trucidados aos montes.  Animado,  consolava e encorajava os cristãos nas suas tribulações.  Em grande número,  aguardavam confiantes a  iminente possibilidade  do martírio. Colocando-se  na condição de Cristo,  portavam-se como ovelhas destinadas ao matadouro.  Um grande número derramou  seu sangue nas mais bárbaras  circunstâncias, para receberem a glória na eternidade.

São Eleutério se torna o 13º Papa Da igreja Católica (175-189d.c)

Imperador Romano: Cômodo(180-192d.c)


São Eleutério Roma- (189d.c)

Alguns decretos canônicos  que  firmou em seu pontificado, foi que nenhum sacerdote fosse sumariamente deposto, sem que primeiro fosse  legitimamente comprovada a  existência de delito grave, e que  nenhum ausente fosse condenado antes de  ser ouvido.   Procedeu, por três vezes, ordenações no mês de dezembro, e nessas vezes  ordenou oito diáconos, doze presbíteros e quinze  bispos.
 Governou com sabedoria o rebanho de Cristo e,  pela sua  firmeza de caráter e energia contra as  chamas do erro,  acabou sendo martirizado no governo do imperador Cômodo. Não há, porém,  detalhes precisos que especifiquem o tipo de martírio com que glorificou a Deus.

São Vitor I se torna o 14º Papa Da Igreja Católica
(189-199d.c)

Imperador Romano: Sétimo Severo- (193-211)

5º Grande Perseguição aos Cristãos
assinou um decreto que atingia tanto os judeus como os cristãos; estes últimos surpreendiam o Imperador por crescerem numericamente nas camadas elevadas da sociedade. Proibiu, pois, as conversões ao Cristianismo; os magistrados não deveriam esperar denúncias, mas haveriam de procurar os
cristãos. Assim catecúmenos e neófitos (cristãos recém-batizados) foram violentamente golpeados, especialmente no Norte da África, onde existiam em maior número.

*Frase que marcou seu império : Enriquecei os soldados e zombai do resto


São Vitor I Roma-(199d.c) 


O Papa Vitor I permaneceu cerca de dez anos como Bispo de Roma, mas sua atuação foi muito marcante para a história da Igreja Católica. As medidas que tomou na liderança da instituição religiosa marcam profundamente o culto católico atual. À exceção do idioma no qual as missas são celebradas, muitos dos costumes cristãos que marcam a sociedade ocidental são provenientes de sua época. Ainda que tenha sido marcante no sentido litúrgico e que sua época já apresentasse melhoras para a vida cotidiana dos fieis, o Papa Vitor I foi, provavelmente, vítima da chamada quinta perseguição, promovida pelo imperador romano Sétimo Severo, que era pagão. Acredita-se que Vitor I tenha sido martirizado nesse contexto e sua vida tenha se encerrado aos 44 anos de idade no ano 199.
Aproximadamente por 40 anos não houve grandes perseguições aos Cristãos

São Zeferino se torna o 15º Papa da Igreja católica(199- 217)

Imperador Romano : Caracala ( 212-217)
*Não houve perseguição contra os Cristão.

 Papa Zeferino Roma (217 d.c)

Natural de Roma, foi eleito em 199. O seu pontificado se caracterizou por duras lutas teológicas que levaram, por exemplo à excomunhão de Tertuliano. Assim como, durante seu pontificado a heresia patripasiana da negação da Santíssima Trindade, incutida por Praxeas, reergueu-se furiosamente e, por isso, foi duramente combatida pelo Papa . Seu crítico, São Hipólito, o descreveu como um homem simples, sem educação e dominado pelo seu assessor, Calisto.

Zeferino foi o primeiro Pontífice que desejou criar uma catacumba na Via Ápia, cujos cuidados foram por ele confiados ao diácono Calisto (e, por isso, chamada de catacumba de Calisto).

Zeferino estabeleceu que os fiéis católicos, depois dos 14 anos, comungassem, pelo menos na ocasião da Festa da Páscoa. Determinou o uso da patena e dos cálices sagrados, até então confeccionados em madeira, que deveriam ser feitos ao menos de vidro2 .

Foi martirizado em 20 de dezembro de 217, sendo venerado como santo no dia 26 de agosto.

Imperador Romano : macrino(217)

São Calisto se torna o 16º Papa da Igreja católica(217- 222)

Imperador Romano: Heliogábalo (218 222)
Imperador Romano: Alexandre Severo (223 235)

*Característica do governo dos Severos :
·        Imperador era uma figura sagrada e autoritária
·        Declínio dos poderes do Senado
·        Produção diminui, os preços sobem e a moeda perde o valor
·        A expansão do cristianismo, apesar das perseguições, principalmente na Alexandria.


A Crise de Roma (235 268 d.c)

Nesse período de 33 anos, reinaram 21 imperadores.

O exercito proclamava o imperador, e por qualquer motivo também o assassinava dando poder a outro.

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